Admiro a paciência de Penélope no tecer da sua teia, em quanto espera o retorno de Ulisses a casa. É admirável a paixão, dedicação e o amor desta mulher. Não sou a Penélope porque simplesmente me falta a coragem, tenho receio do amanhã e não sou forte o suficiente para enfrentar marés. Mas serei uma eterna Penélope de espírito, esperarei sempre a boa noticia, até ao dia em que ela simplesmente não chegue, até ao dia em que a teia estiver pronta, e o tempo de dar o passo seguinte tiver chegado.
Nunca foi de grandes passos, mas também nunca me mantive parada. As caminhadas devem ser feitas devagar para não nos cansarmos e para apreciamos cada momento como o último.
O Ulisses acabou por voltar para casa, o coração de Penélope está em paz, mas até quando?