quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Partis-te de malas avidas, mas esqueceste-te que a minha vida ficou inundada de ti. Existem coisas que ficam marcadas na pele, existem melodias que não se esquecem, e tu meu amor tu, tinhas uma melodia que me adormecia nas noites turbulentas, catavas-me ao ouvido palavras que faziam de ti o som da minha vida, a balada que acalmava a minha fúria de viver. Não te importavas de me ver dormir com um pijama aos ursinhos porque afinal de contas tu gostavas de mim assim, turbulenta insatisfeita mas sempre com um toque de criança que nunca quis crescer, se calhar foi por isso que desejas-te entrar cada vez mais no meu mundo e tornar-te também tu num insatisfeito, num turbulento, e por isso da última vez que tiveste cá em casa vestiste o meu pijama, sem preconceito e sem teres vergonha de andar com ele, porque afinal o amor é isto, amar o outro mesmo de pijama.
Agora guardo ainda o pijama com o teu cheiro e sujo do chocolate.
Pergunto-me porque é que as pessoas de quem mais gostamos têm de sair da nossa vida assim. A culpa é minha, agora sei bem que o é, não aguentei ficar sem as tuas palavras, sem o teu porto de abrigo, sem te ter por perto, mantinhas-me agarrada ao meu Ego ao meu espírito do "vamos entrar nessa". Desatas-te a corda do cais e agora sinto-me no meio do rio a balançar até um dia dar costa. És mais forte que eu eu sei disso, porque um porto de abrigo que aguentou as minhas tempestades e nunca quebrou é bastante resistente à adversidade.

A princesa Marta Sofia

1 comentário:

  1. « Oh meu, o que é que andas para aí a dizer, em Portugal não há nada para fazer, eu sou só mais um desempregado, neste país dos licenciados »

    eu amo-te, és linda linda linda e apanhas frio por me ires buscar @

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